João Moura
edifício comercial joão moura, são paulo, 2012
área construída: 6.554m²
fotos: nelson kon
Menção honrosa, prêmio jovens arquitetos, IAB - SP, 2009
Destaque categoria Edifíos,Prêmio IAB 2012
incorporação: idea!zarvos
O Projeto apresenta algumas questões importantes tanto no aspecto urbano quanto nos aspectos da qualidade do espaço e da otimização do terreno:
O Projeto tira partido da topografia, aproveita a posição estratégica do terreno em relação à cidade, e coloca a Arquitetura no papel principal para valorizar o metro quadrado construído e conferir novo aspecto ao espaço de trabalho corporativo.
O terreno está localizado na Rua João Moura no fundo do vale por onde passa a Av. Sumaré. A Rua João Moura é importante ligação entre os bairros da Vila Madalena e Pinheiros. Para quem passa na Av. Sumaré o edifício terá uma presença marcante. Por esse motivo procuramos dar atenção especial à fachada lateral norte e entendê-la como um grande painel, composto por aberturas e por anteparos coloridos. Para quem passa pela Rua João Moura o pavimento de acesso está recuado 10m do alinhamento frontal, o dobro do exigido, garantindo um respiro para rua e destacando a recepção que avança em direção à rua.
O Projeto também tira partido da topografia acidentada do terreno e acomoda a construção de forma sutil, dispensando movimento de terra ou escavações, inclusive para o subsolo.
O Projeto determina a existência de dois espaços coletivos importantes; a entrada descrita acima e o pavimento da Praça de uso comum na cota do fundo do lote (+12m). A Praça é a continuidade do jardim do fundo e promove a ligação total do lote num único plano. O fundo do terreno está ligado à escadaria de acesso à Rua Cristiano Viana.
Outra característica importante do Projeto é a relação entre a área construída e a distribuição dos espaços e varandas. O Projeto não utiliza o máximo do potencial construtivo permitido por lei e deixa a cargo da Arquitetura a valorização das áreas construídas: os pés direitos são amplos com 2.7 metros abaixo do forro; as vigas são protendidas e chatas; os pilares são recuados da fachada; os fechamentos são independentes e as prumadas são periféricas e “pulverizadas”. Estas características garantem grande flexibilidade de uso e qualidade espacial. O edifício também dispõe de varandas com diferentes dimensões, que qualificam os conjuntos e, como dito no início, conferem novo aspecto ao espaço de trabalho corporativo.